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Mostrando postagens de agosto, 2016

Final de semana

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  Então  a rotina é assim... começa a semana de trabalho e a cada problema ou algo fora da ordem, o pensamento que anima é o final de semana.     Quarta-feira é um alento, na noite de quinta vem a contagem regressiva. Sexta, é véspera de sábado... Oba.     Planos, passeios ...  Descobrir um lugar diferente,  reencontrar um velho amigo ou descansar ao sol.   Ah! E se chover tem aquele livro maravilhoso que precisa ser devorado.   Despertar  com uma longa espreguiçada, sem a ordem do relógio.  Um banho demorado, uma música diferente no chuveiro. Tudo vale para tornar esse período memorável.  Não mais um gole de café, e sim uma xícara. A leitura do jornal é mais demorada... A louça pode até ficar um pouquinho mais na pia, temos tempo.     Talvez a perspectiva de remexer no baú da memória, abrir caixas, mudar um móvel de lugar... Arejar a casa. Experimentar a roupa de festa ou a velha e confortável camiseta.     Parece que todos os sonhos cabem em final de semana. Que

Um tempo

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Então... Uma boa hora de começar Uma boa forma de finalizar. Uma respirada Um tom de displicência Um ar de ironia Um pulsar de desejos. ... Então Uma pergunta a se fazer Uma resposta a se dar Uma dúvida...

Que virá

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Foto Bruna Passos As pedras se acumulavam E tentei retirá-las num sonho. Mas o peso era maior Que a minha capacidade de ser. Tomei coragem E derrubei o passado. Ele era forte demais Tinha uma verdade disfarçada Um poder imenso Sobre todos os sentimentos da terra. Mas sou também forte Para notar que as barreiras caíam Como caí uma folha Ou uma lágrima. O passado quis ser poderoso Mas toda vez que ele vinha eu dizia: "já passou". Toda vez que ele segurava minha vida Eu me libertava Em busca de um futuro Maior e Melhor. Hoje tenho um sorriso como aliado Que é mais poderoso Do que todas as pedras Colocadas em minha frente. Eu amo! E é essa certeza Que me faz crer na felicidade. Na ilusão de um presente Que se tornará passado. E, tudo que me fez sofrer Será esquecido num futuro próximo Que virá da paz  Que já encontrei Dentro de mim. Foto: Bruna Passos

Luta

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Foto Gabriel Gatto Se procuro um caminho E tento um lugar Esse já está ocupado O outro está sem estar. Se quero um abrigo O mundo parece parado Ninguém carece ajudar. Estando sem ficar E amando por querer Vou  vivendo fatigada Tentando não morrer. Se fujo de uma estrada que parece conhecida Vejo que nada está claro E me sinto novamente perdida. Se busco um afeto E esse morre comigo, Não recebo sequer um sorriso Para dizer do que preciso. Quando espero uma razão E ela não vem para me ver Surge logo a questão: Será que estou prestes a perder? Porém, consigo lutar E a luta se faz em perda constante O sonho torna-se uma conquista  distante. Mesmo cansada                 marcada Não vou desistir De encontrar             um caminho             ou quem sabe             a luz de um olhar.. Foto: Gabriel Gatto

Despedida

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     Li um post   atribuído ao padre Fábio de Melo "Ficar em silêncio é uma forma de amar". A frase ficou ecoando em minha alma.      O silêncio da alegria do encontro. O silêncio da despedida, que está próxima, e já dói tanto.      Será que é a resposta que eu tanto procuro? Não dizer da saudade antecipada, de quanto é especial, da tristeza que a partida trará rasgando o peito. Que mesmo a linha mais forte poderá costurar, mas a agulha deixará marcas, que jamais serão apagadas.     Devo simplesmente me resignar, aceitar e entender os desígnios do céu?        A expectativa é cruel. Frases feitas não  melhoram o sentimento da perda. Não é morte, é apenas separação.  E o que é a separação senão a morte? O fim de um ciclo, de uma jornada.       E se era para nos afastar, por que então nos unimos?  Foi um acaso? E, por qual motivo o mesmo acaso não o deixa ficar?      Será que as boas lembranças servirão de consolo? Penso que não.  Nesse momento, tudo q

Luz

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  Gosto do claro                  da luz                  do brilho                  do fogo Sou    leão                                 No signo                            Na vida                            No jogo Não me entrego Me integro Gosto da noite                 barulhenta De gente cantando De batucada De bêbado filosofando                 Sempre Gosto do claro                 da luz                 do brilho                 do fogo Clari (ficar) o velho o belo o novo

Um viva ao café

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      Desde de sempre, o café era o momento do encontro. Quando bem pequena, lembro do ritual de tomar café na casa da tia Amélia. O cheirinho invadia as longas conversas das mulheres e eu adorava ouvir as risadas e participar, fazendo arte ou travessura, para marcar o momento. E, às vezes, vinha até acompanhado de torradinhas com manteiga.     Fui crescendo e ele  continuou importante. Para minha mãe, não existia garrafa térmica, sempre que alguém chegava, um novo cafezinho era preparado. E, ela não se importava de quantas vezes era necessário ir para a cozinha. Um ritual quase sagrado, para alegrar, confortar e unir.        Os anos foram passando, e aí nasce o pequeno João Henrique. As tardes de domingo eram regadas por café  pipoca e o futebol. Assim que ele chegava, logo dizia: "vai sair um cafezinho?". Hoje, já rapaz, ele  repete a frase com o mesmo capricho.  Dona Alice não está mais aqui para preparar, mas apesar da enorme saudade, tento seguir a tradição.

Então é assim

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     Verifico e-mails a cada 20 minutos, olhos as mensagens que não chegam.  O pensamento está focado na espera de um sinal. Buscar uma retribuição.  Horas  assim, ansiosa por uma palavra, um retorno.       Os dias vão passando. O ritual torna-se quase uma obsessão. Aflição. Tudo vira motivo de desconfiança. Começo a justificar a ausência, negando a minha razão. As perguntas infantis reaparecem e a mais forte vem como um golpe:  "onde foi que EU errei?".       Quero racionalizar emoção, sentimento e troca. Tudo tem que ter uma lógica e uma coerência. Cansada de nãos , assumo a culpa. E nada mais para legitimar. Aceito a situação apenas como um mero deliro. Não dá para viver assim.       Chega de esperar. Decidi esquecer. Zerar... Tal qual a virada de um botão de on para off ... Como se fosse possível ignorar a falta, o sentimento forte  me alimenta e me priva. Me sustenta e me oprime. Simples assim, vou abandonar a esperança.      Hoje o dia foi melancólico.

Prazer em escrever

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                      Escrever é um ato de coragem. Uma esperança incontida de dizer. Onde a palavra me torna transparente, tal qual um cristal que se revela, e não nega, quem realmente sou.             A incerteza do desafio aguardando esboços, frases e métricas em busca de uma realização.             Nesse momento sinto-me mãe. Que após um parto docemente dolorido encontra a recompensa no sorriso do filho publicado,  finalmente lido.             Em cada rabisco poético, converso com minhas imperfeições e qualidades. Por vezes, transformo minha dura fragilidade em bandeira, pela necessidade de ser.             Esse prazer é um dever de cidadania, que me faz entender que não posso me omitir.             A fúria do texto, em certos momentos, busca uma justiça embaçada que parece esquecer a igualdade.              Assim, nasce a ousadia de perceber que o verso pode oferecer voz e vez a uma sociedade calada, muitas vezes esmagada, pelo falso e tirano poder.   

Saudade

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Hoje bateu uma saudade muito grande de você. não aquela apresentada nos folhetins ou   nas   novelas de TV. A   saudade que chegou é presente e faz cócegas no desejo. Tem um rumo certo coloca o ausente sempre por perto pronto para ir ou vir. A saudade de que falo não aperta o peito mas, dilata a alma. Não confunde a mente apenas ameniza a dor que não senti. A saudade maior que  chegou de repente é a  nostalgia latente na ausência de seu conforto. A saudade que hoje bateu tem um quê diferente vem correndo firma-se em seu  olhar e deseja, num sonho, renascer.

Caminhada

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É tarde ... Caminho por ruas  estreitas Procurando A poesia abandonada Vago Por entre fileiras perfeitas Esbarrando Na vida já cansada É tarde... O vazio de minh'alma Não conhece A paz tão sonhada E por entre  muros Se arrebenta Querendo ser Eterna alvorada.

Se o poeta não existisse

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Se o poeta não existisse seria de melhor  presteza pois não seriam  cantadas em verso, tanta humilhação tanta  tristeza. Se o poeta não existisse não se falaria do amor tudo seria prático e direto o  mundo não teria tanta vida                                      tanta cor. Se o poeta não existisse Pasárgada não seria criada ninguém ficaria amigo do rei ninguém lutaria por nada. Se o poeta não  existisse a  vibração dos corpos seria contida não haveria murmurar silenciosos frases ardentes de uma alma sofrida. Mas... no momento em que o poeta existe derrubam-se as barreiras renovam-se os sonhos muda-se a realidade. O elo  do amor se fortalece O sorriso segue em frente Nasce da pureza                          .... a verdade.

Está tudo ruim e tudo está bom

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Eu era uma criança, os poucos desenhos animados da televisão hipnotizavam os olhares curiosos que estavam grudados na tela.  A inusitada dupla de personagens, Lippy e Hardy, criada pelos estúdios Hanna-Barbera, mexia com o imaginário de todos.        Lippy, o leão, era um eterno otimista e acreditava que o futuro seria ótimo e a vida maravilhosa. Já o Hardy, a hiena, sempre via tudo com dor e a tragédia, o eterno pessimista. Quando algo dava errado, seu jargão  permeava todas as conversas:  "Oh! vida, oh! céus, oh! azar..."      Tento fazer um paralelo com minha vida. Acredito que todos têm o direito de trabalhar, viver, opinar, escolher, brincar, comprar, amar, rejeitar, rir e chorar... Liberdade, sim.... Liberdade. (De pronto surge a imagem de outro personagem antigo, Wally Gator. Ele viva em zoológico, era esperto, alegre e queria ir embora daquela 'prisão'.Mas essa é outra história, para outro dia.),      Depois desse parêntese, fico pensando que  nunca

Respeito

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Que tal um novo exercício?  Vamos conjugar verbos.   A escolha de hoje é Respeitar. Verbo transitivo direto. Já, a palavra respeito é um substantivo masculino, vem do latim respectus , que determina um sentimento positivo e, em sua origem, a palavra significa: olhar outra vez. Pensando nisso, vale o sacrifício da conjugação. Eu respeito : O seu modo de pensar. Suas convicções e certezas. Tu respeitas:   As diferenças e opiniões contrárias. Ele respeita:   Considera que não existe uma única maneira de ver as coisas e mesmo assim, o diálogo acontece. Nós respeitamos:   E não precisamos concordar, mas compreender as escolhas . Vós respeitais: De uma maneira um pouco formal, cuidadosa e solidária. Eles respeitam:  Que bom seria.  Valorizam o outro e entendem que cada um tem uma história.  O respeito anda junto com a responsabilidade, a coragem de entender que o diálogo é um exercício.  Ouvir a voz do outro sem receitas e preconceitos.